quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PARA ESTUDO... COM SUGESTÕES DE ATIVIDADES!!!

PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA

         Todas as crianças, cada uma a seu tempo, aprendem a escrever e passam por várias fases de escrita, chamadas de hipóteses.

          A criança bem pequena, por volta dos 3 ou 4 anos, já percebe que a escrita é um código usado para comunicar algo a outra pessoa. Porém, ela não conhece quais são esses códigos; sabe apenas que o adulto utiliza “símbolos” para grafá-los. Uma criança nessa idade pode associar a escrita ao tamanho do objeto cujo nome pretende escrever. Por exemplo, a palavra BOI pode aparecer grafada com muitas letras e até números e rabiscos misturados, “porque o boi é grande”; então para a criança, seu nome escrito deve ser grande em tamanho de letras. Geralmente utiliza letras conhecidas, de seu nome ou do nome dos pais. Essa é a fase pré-silábica, em que a palavra BOI pode vir grafada assim: MR23NAAMMM. Seguindo o mesmo raciocínio, a escrita da palavra Formiga pode ser grafada com uma única letra, “porque formiga é pequena”.

          É papel do professor desestruturar as hipóteses das crianças, fazendo-as pensar na escrita a partir de modelos e listas: lista do nome dos amigos, lista dos brinquedos preferidos da classe, lista de frutas; enfim, entre as listas afixadas na sala de aula sempre haverá uma palavra que tenha um som igual ao que o professor mostrar como modelo para escrever.

         Em geral, por volta dos 4 ou 5 anos, a criança evolui em sua escrita, passando para a hipótese silábica, que consiste em reconhecer que, cada vez que abrimos a boca para pronunciar um som (sílaba), registra-se um símbolo. Nesse caso, a palavra FORMIGA pode ser grafada da seguinte forma: MNT. Três letras para três sílabas, porém sem valor sonoro. A criança já evoluiu e o adulto, que desconhece a psicogênese da escrita, diz que ela “não sabe nada”. Nessa hora, é importante orientar os pais para que não desestimule a escrita dos filhos. Já ao professor cabe motivar, incentivar e desestruturar ainda mais a hipótese em que o aluno se apóia.

        O próximo passo, ou a próxima hipótese alcançada, vem em torno dos 5 ou 6 anos, quando a criança percebe que, para cada sílaba, ela grafa um símbolo, porém não um símbolo qualquer. Ela entra na hipótese silábica com valor sonoro. A FORMIGA passa a ser grafada OIA, a CANECA, como AEA, AGACHAR, como HAR etc. Ela grafa os sons que percebe na fala, que geralmente são as vogais. Nesse ponto, o aluno está a um passo de decodificar completamente a escrita alfabética.

        Com muita leitura, listas e bons modelos, o professor consegue que a criança passe para a próxima hipótese, a alfabética, em que a palavra TRABALHO pode ser escrita TABALO, e FORMIGA, FOMIGA. A criança já entendeu como se escreve, mas precisa refinar, lapidar sua escrita. Ao escrever uma lista, erra muito pouco na escrita convencional, mas ainda não consegue organizar o pensamento para escrever frases e omitirá muitas letras se tentar escrever um texto, o que é muito comum, pois seu pensamento caminha mais rapidamente do que sua grafia.

        Nesse ponto, o desenvolvimento da criança vai depender muito do estímulo que recebe em casa e na escola. Quanto mais o ambiente em que a criança vive for “alfabetizador”, com livros, jogos, listas, brincadeiras com palavras, cartazes, músicas, poemas etc., mais rapidamente ela se tornará um escritor competente. 

Referência Bibliográfica: Texto adaptado de Eliana Neves, pedagoga, publicitária e coordenadora pedagógica do Colégio Mackenzie Tamboré – Revista COISAS DE CRIANÇA – O Guia para Educadores – Editora AGEPRESS.     

       


NÍVEIS DA ALFABETIZAÇÃO

Independente do contexto social, cultural e até econômico do aluno, ele poderá se encaixar em qualquer um dos níveis de alfabetização. Portanto, cabe ao professor usar a sensibilidade tanto para determinar o nível em que ele se encontra quanto criar atividades que o levem a se desenvolver em relação à alfabetização. Na incerteza, mas consciente que a maioria não saberá redigir, distribua folhas de papel em branco e peça às crianças que escrevam palavras simples. No término da atividade, compare o que foi produzido com as definições que se seguem. Mas, lembre-se que, muitos alunos ainda poderão estar numa fase de transição entre os níveis abaixo, ora tomando uma atitude mais condizente com a proposta da atividade, ora fazendo exatamente o contrário:

PRIMEIRO NÍVEL: PRÉ-SILÁBICO I
As letras não dizem nada para a criança, que ainda pensa que se escreve com desenhos. Muitas vezes, mistura letras e números.

SEGUNDO NÍVEL: PRÉ-SILÁBICO II
O aluno já sabe que não se escreve com desenhos. Portanto, ele tenta usar as letras que já conhece. Contudo, ainda não desconfia que as letras têm uma relação direta com os sons da fala e, dessa forma, mantém a crença que a escrita só pode ser lida se ela tiver pelo menos três símbolos, que as coisas grandes devem ter nomes com muitas letras e que as coisas pequenas devem ter nomes com poucas letras. Diante do contrário, ele considera que não é palavra, é pura letra.

TERCEIRO NÍVEL: SILÁBICO
O aluno descobre que as letras representam os sons da fala, mas pensa que cada letra é uma sílaba oral. Caso alguém lhe pergunte quantas letras é preciso para escrever “cabeça”, ele repete a palavra para si mesmo, devagar, contando as sílabas orais e responde: três, uma para “ca”, uma para “be” e uma para “ça”. Relacionam a escrita à fala passando da correspondência global a uma correspondência silábica entre os aspectos sonoros e gráficos da escrita. Às vezes agrega ou omite letras aleatoriamente tentando ajustar quantas e quais letras são necessárias para escrever.

QUARTO NÍVEL: ALFABÉTICO
O aluno compreende que para escrever é necessário usar as letras do alfabeto. Descobre também que cada letra representa um som da fala e que é preciso juntá-las para formar sílabas de palavras. Compreende a palavra como uma unidade significativa, mas pode não segmentá-la, no texto, convencionalmente. Comete erros ortográficos de natureza regular e irregular.          



ATIVIDADES PARA O ALUNO PRÉ-SILÁBICO I E II
        
1.     Jogos com alfabeto móvel: com eles é possível fazer a criançada aprender a separar e agrupar letras por semelhança, além de formar o próprio nome e dos colegas.

2.    Memorização global de palavras: providencie plaquinhas ou listas com o nome das crianças, dos professores com quem elas têm contato, dos pais, dos dias da semana, dos meses, entre outros, para que os alunos tenham acesso à forma da escrita correta e a memorize por meio de leitura incidental.

3.    Cartazes de associação entre palavras e objetos: providencie cartolinas, cola branca e recortes de marcas e produtos famosos que fazem parte o cotidiano infantil (Coca-Cola, Mc Donald’s, Elma Chips etc.). Sobre a cartolina, faça duas colunas. Em uma, cole os recortes de marcas e na outra, de modo alternado, os produtos. Com uma seta, una uma das marcas a seu respectivo produto. Deixe secar e pendure o cartaz em sala de aula, para permitir o contato visual das crianças com ele. No dia da atividade, depois de apresentar oficialmente o cartaz peça para a criançada relacionar as demais marcas aos seus respectivos produtos. Em seguida, peça outros exemplos similares. Dependendo do desempenho da criançada, se quiser, sugira que tragam mais recortes de casa, para prosseguirem com a atividade, criando novos cartazes que, inclusive, já podem ter nomes seriados em ordem alfabética, por exemplo.

4.    Reconhecimento das letras do alfabeto (cursiva e bastão): apresente o alfabeto móvel, tanto na forma cursiva quanto na forma bastão, para que as crianças se acostumem com as formas das letras, tentem combiná-las em escritas, façam a contagem das mesmas e o confronto entre elas. O reconhecimento das letras pode ser feito também, por meio de jogo da memória.

5.    Análise de palavras a partir do número de letras, inicial e final: esse trabalho pode ser desenvolvido tanto com as plaquinhas elaboradas para a atividade de memorização global quanto com o alfabeto móvel. Porém, ao trabalhar somente com os nomes das crianças, provavelmente elas identifiquem primeiramente o próprio nome, depois o dos colegas e por fim, percebam que os nomes maiores podem pertencer às crianças menores e vice-versa. Incremente a atividade ajudando os alunos a organizar os nomes em galerias ilustradas com retratos ou desenhos (alfabeto fotográfico); podendo também organizá-los em ordem alfabética, pelo som inicial, pelo número de letras etc. 

6.    Relacionar discurso oral e texto escrito: reproduza uma série de objetos e seus respectivos nomes em uma folha de papel A4 e imprima uma folha para cada criança. Leia e releia para permitir a memorização. Por fim, deixe que recortem os nomes e depois colem embaixo da imagem adequada. Se necessário, ajude-as.

7.    Representação gráfica de uma história: em roda conte e reconte a mesma história por algumas vezes, podendo ser, também, algum conto de fada já conhecido por todos. Após perceber a apropriação por parte de todos, peça às crianças que façam a representação no papel através de escrita espontânea, garantindo a todos a tranquilidade de registrar da forma que acreditam ser a correta e depois façam a ilustração, permitindo assim a percepção da compreensão do texto.

8.    Identificação das letras e das palavras: apresente um texto às crianças, em caixa alta e anexe-o no mural. Faça a leitura diariamente, apontando para cada palavra à medida que for lendo o texto. Quando sentir que houve a assimilação e a compreensão do mesmo, peça que as crianças identifiquem as letras ou as palavras que já conhecem. O texto pode ficar anexado por um período e a atividade ser realizada em dias alternados.

9.    Jogos diversos com letras e figuras: introduza a atividade em suas aulas para que os alunos comecem a se familiarizar com o alfabeto de modo consciente. Para isso utilize jogos com letras e imagens, como por exemplo, jogos da memória, quebra-cabeças, jogos de encaixe, entre outros. Conduza à atividade orientando as crianças com o objetivo de garantir a compreensão gradativa da associação grafema/fonema.

10. Quadro classificatório de objetos: providencie uma cartolina e desenhe um quadro classificatório com objetos do cotidiano escolar. Ao lado de cada objeto escreva o nome do mesmo e acrescente duas colunas para que as crianças possam fazer a classificação da quantidade de letras e da quantidade de sílabas referente a cada palavra. O quadro poderá ficar afixado no mural por um período de quinze dias ou a critério do professor e os algarismos podem ser móveis facilitando a retomada do trabalho em momentos posteriores.

11.  Confecção de um pequeno dicionário: trabalhe essa proposta com prazo determinado para o  término da mesma. No período estabelecido, peça que cada criança traga para sala de aula uma imagem para o dicionário (que pode ter como base um antigo fichário, o que iria facilitar a organização alfabética das palavras). Com elas, cole a imagem sobre a folha que será arquivada e escreva seu nome com a letra cursiva e bastão. Apenas não se esqueça de deixar o pequeno dicionário à disposição das crianças, para que haja o manuseio e a memorização da escrita.

12. Caixa surpresa: decore uma caixa de papelão para guardar uma série de palavras que serão utilizadas durante a atividade, que poderão durar duas semanas ou mais, dependendo da necessidade da turma. Feito isso, a cada dia escolha com as crianças, uma palavra e a escreva no quadro para permitir a memorização (nomes de animais, brinquedos etc.). Em seguida, reproduza-a num pequeno retângulo, que deve ser guardado na caixa surpresa. Diariamente, sorteie as palavras que, ao serem apresentadas às crianças, deverão ser lidas por elas, em conjunto.



ATIVIDADES PARA O ALUNO SILÁBICO
      
1.     Formar palavras a partir de sílabas: faça uma série de fichas com sílabas soltas, distribua entre as crianças para que elas formem palavras, de acordo com a iniciativa individual.

2.    Ligação entre palavras e número de sílabas: providencie uma lista de palavras em folha A4, podendo ter ou não a imagem. Imprima e distribua às crianças, para que elas contem o número de sílabas das mesmas. Use e abuse da variação das palavras, priorizando também aquelas com sílabas formadas por uma única letra. Mas também fique atento ao número de sílabas, para oferecer um grau mais elevado de dificuldade na hora da contagem.

3.    Ordenar frases do texto: selecione um texto com uma história básica, que deve ser contada e recontada em sala de aula. Após a assimilação, reproduza o texto em duas cartolinas. Utilize uma delas como cartaz para ser afixado no mural e recorte a outra, privilegiando as frases. Reúna as crianças em pequenos grupos, distribua os recortes e as estimule a montarem a história novamente. Se necessário, incentive-as a visualizar o cartaz.

4.    Complementação de frases, sílabas e letras das palavras do texto: retire de um texto já conhecido pelas crianças, pequenas frases, sílabas e letras. Complete os espaços vazios com pontinhos ou tracinhos. Faça uma cópia para cada criança para que elas possam complementar o texto com sua concepção própria de escrita (escrita espontânea).

5.    Bingo de nomes e números: reproduza as cartelas do bingo com nomes e as fichas com números. Distribua uma cartela para cada criança, além de certa quantidade de sementes ou tampinhas de garrafas PET. Depois, coloque as fichas num saquinho e comece a sortear. A criança que tiver em sua cartela o nome sorteado deverá marcá-lo com a semente. Vencerá o jogo, quem primeiro preencher sua cartela.

6.    A palavra é...: providencie fichas com rótulos de produtos e palavras recortadas de jornais e revistas, desde que sejam grandes e de fácil visualização. Coloque todas dentro de uma caixa, após ter feito a leitura e visualização com todo o grupo. Uma ou duas vezes na semana, a professora deverá brincar com os alunos dispostos numa rodinha, passando a caixa de mão em mão. Cada um deverá retirar uma fixa, aleatoriamente, e ler em voz alta. Essa atividade poderá ser realizada de três a quatro rodadas. A criança que não conseguir realizar a leitura poderá ficar com a ficha por um tempo maior e quando souber o que está escrito poderá pedir a vez para falar.  

7.    Dominó das letras maiúsculas e minúsculas: confeccione 27 peças do tipo dominó. Em uma parte coloque uma letra maiúscula e, na outra, uma letra minúscula. Dentre as peças, somente uma terá a mesma letra nas duas partes, como por exemplo, A – a. As demais devem ser com letras diferentes. Para o jogo é ideal que sejam no máximo quatro crianças. Embaralhe as peças e divida  em número igual entre elas. O primeiro a jogar deve estar com a peça A – a. O próximo deve estar com a peça que tenha o A maiúsculo. Em seguida, os demais deverão apenas encaixar as letras minúsculas e maiúsculas em seus lugares correspondentes. Se o jogador não tiver mais peças para atender a exigência do jogo, ele passa a vez. Dessa forma, vencerá a partida quem encaixar todas as peças. Após o jogo, o ganhador deverá escolher uma letra do dominó para que todos do grupo formem uma lista de palavras iniciadas com a letra escolhida, fazendo uso da escrita espontânea.



ATIVIDADES PARA O ALUNO ALFABÉTICO

1.     Trabalho intenso de leitura de diferentes gêneros: leitura compartilhada, silenciosa, em capítulos, em diferentes ambientes, por diferentes motivos, com dramatização, com interpretação oral, sugerindo mudanças, criando versões, recriando finais, introduzindo elementos, mudando elementos, comparando narrativas, notícias, enredos, propagandas, explorando rimas etc.
2.    Produzir textos: coletivamente, em grupos, em dupla, sozinho, a partir de imagens, de leituras, de situações, de questionamentos, de necessidades de informar, divulgar, pesquisar, discordar, concordar, divertir, recontar, anunciar, convidar etc.
3.    Montar e explorar bancos de palavras e construir coletivamente as regras ortográficas regulares; usar jogos de raciocínio para fixação destas regras.
4.    Montar e explorar bancos de palavras com dificuldades ortográficas irregulares, organizar jogos para memorização das mesmas.
  1. Trabalhar revisão de texto produzido, escrito coletivamente, em grupo, em dupla ou individualmente.


Referências Bibliográficas:
Coleção Educação Infantil – Texto adaptado do Caderno Especial “Alfabetização Construtivista”; Editora MINUANO; www.edminuano.com.br
Níveis da Psicogênese – Professora Heloisa e equipe EAPE (Formação do BIA) – 2008.



HIPÓTESES DO ESQUEMA DE PENSAMENTO DOS NÍVEIS ALFABETIZADOS

Hipótese Básica do Alfabetizado 1
         É a de que as sílabas são sempre formadas por apenas duas letras, obrigatoriamente uma consoante e uma vogal, aquela antes desta. Essa hipótese deriva da situação concreta de que a maioria das sílabas nas palavras de nossa língua são formadas com duas letras. Em função desta hipótese, as sílabas em que aparece a vogal antes da consoante são escritas invertidas. É o caso de armazém, que os alunos do nível A1 escrevem ramaze; pobema para problema; bibiloteca para biblioteca.
         Toda sílaba é constituída quantitativamente por duas letras e qualitativamente com uma consoante seguida de vogal.

Importante: Os esquemas de pensamento só atuam quando o aluno não sabe de memória a escrita das palavras.

Hipótese Básica do Alfabetizado 2 
Ele rompe com sua idéia de que todas as sílabas têm obrigatoriamente duas letras na ordem rígida: primeiro a consoante, depois a vogal. Isto acontece porque ele aperfeiçoa a associação letra/som, e a refina construindo a hipótese de que a cada som corresponde uma letra. Com isso, passa a auscultar rigorosamente cada som em uma sílaba. O pro de problema passa a ser poro/por ou corretamente pro.
         Neste refinamento da escrita dos sons, as sílabas iniciando por vogal passam a ser escritas por elas, e não mais por consoante, como antes. Assim, sepilica evolui para espilica, esplika ou explica.
         A sílaba de duas letras incorpora a possibilidade de uma vogal preceder a consoante, ou até de haver sílabas com duas vogais. Bem como se flexibiliza o número de letras em uma sílaba, podendo ser de uma só até cinco.
O princípio que  rege a hipótese do A2 é que cada som se associa obrigatoriamente a uma letra.

Hipótese Básica do Alfabetizado 3
         Um aluno A3, quanto à organização das sílabas, descobre conflitivamente que sua hipótese do nível A2 – a de que a cada som corresponde uma letra – está incorreta. Principalmente, por causa das nasalizações an, en, in, on, un. Em todos estes casos, tem-se um som associado, na escrita, a duas letras.
         A elas se agregam lh, nh, ch, ss, rr (dígrafos) que também representam sons únicos representados por escrito com duas letras. O aluno que descobriu a escrita de um único som com duas letras consegue escrever lanchando, cozinheiro e transporta na tarefa das dez palavras. Ou ainda das seguintes maneiras: lanxando, lanjãdo, cosinhero, geitinho, getinho.

Hipótese Básica do Alfabetizado 4
         Mais um conflito e outra descoberta. A de que uma consoante pode estar desacompanhada de uma vogal, com em observa, indignado e admiração, Pepsi, Edna...
         Chegar a esse esquema de associação entre vogais e consoantes completa a organização das sílabas. E, de fato, estão descobertos os diversos tipos de sílabas – com uma, duas, três, quatro ou até cinco letras. Sílabas com uma letra são constituídas por vogais. A cada letra pode estar associado um som, assim como que pareciam somente soar junto com uma “soante” (vogal) podem compor a palavra como última letra de uma sílaba, sem a vogal posteriori, como em Pepsi, objeto, hepta, réptil, Wagner...
         Com esta hipótese se fecha a problemática da organização das sílabas.

Observação:

O que caracteriza, efetivamente, a conclusão do processo de alfabetização, segundo definição da Unesco, é a capacidade de ler e escrever de forma compreensível um texto simples.

“A medição da alfabetização não é apenas uma questão de dizer quem sabe e quem não sabe ler. São necessários diferentes níveis de capacidades de alfabetização, desde escrever o próprio nome, até compreender as instruções num frasco de medicamentos, ou ler livros.”
Fonte:UNESCO Institute for Statistics

Referências Bibliográficas:
Caderno de Atividades – Do gozo da ignorância ao prazer de aprender (primeiro e segundo anos) – GEEMPA – Porto Alegre – RS.
www.unesco.org - Guia Estudo UNESCO



EQUIPE DE COORDENAÇÃO DE SÉRIES/ANOS INICIAIS

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