Qual é o nosso maior desafio?
Vera Lúcia Ribeiro e Luciana C. Limeira
Buscar a resposta para essa pergunta significa refletir, inicialmente, sobre o que já conquistamos e a diferença que tais conquistas representaram ao nosso cotidiano.
Ao analisarmos o lado positivo, temos a oportunidade de inovar. Ninguém quer permanecer no mesmo quando busca o melhor. Por isso, temos que ir além de nossas ações.
Nesse sentido, o papel de liderança, do gestor, envolve estimular os grupos, atuar junto com eles, trabalhar com metas bem definidas que visem inovar a ação pedagógica, conquistando a comunidade e transformando prazer em aprendizagem.
Para inovar é necessário criar, o que não significa romper com tudo que já é feito e sim, realizar ações criativas que desenvolvam comportamentos e atitudes que façam a diferença.
E como ir além?
Na construção de uma escola competente, conforme destaca Lück (2006), é preciso que a Equipe Gestora identifique quais os princípios orientadores de suas ações se caracterizam como potencialidades e como fragilidades no trabalho desenvolvido. Tais princípios são: o nível de comprometimento dos envolvidos no trabalho, a competência na busca contínua pelo aprimoramento profissional e pessoal, a capacidade de liderança, o nível de mobilização coletiva para o trabalho (tanto dos profissionais docentes e demais funcionários da escola, como da comunidade escolar), transparência nas decisões e informações prestadas, visão estratégica para o desenvolvimento institucional e de seus processos, visão proativa na condução e responsabilização de ações, capacidade de iniciativa na busca de soluções, criatividade para o redimensionamento de práticas convencionais, percepção e estabelecimento de um clima escolar favorável no sentido de buscar a participação efetiva de todos.
Cada escola tem uma realidade o que não possibilita ter uma receita pronta. Algumas ações são fundamentais:
· Avaliar e planejar numa proposta de ação-reflexão-ação;
· Promover atividades de incentivo à participação da comunidade (cursos, oficinas, jogos);
· Criar um clima escolar que favoreça a confiança e comportamentos pró-ativos;
· Reconhecer e fortalecer lideranças dando a elas possibilidades de agir com critérios definidos pelo grupo;
· Ter clareza, enquanto grupo, quanto às ações previstas no Projeto Político-Pedagógico e objetividade na sua formulação;
· Promover a interdisciplinaridade através de projetos pedagógicos que atendam às necessidades comuns a todos (alunos, professores, funcionários, equipe gestora e comunidade escolar);
· Investir na ludicidade estimulando a aprendizagem através do trabalho com jogos e brincadeiras;
· Utilizar materiais concretos nas aulas de matemática trabalhando sempre com situações problema;
· Cantar, dançar, compor, interagindo o movimento corporal e os diferentes ritmos e melodias;
· Contar histórias e ler textos diversificados todos os dias tanto no pátio como em sala de aula;
· Renovar pelo menos quinzenalmente os espaços coletivos e das salas de aula (murais, cartazes, músicas, apresentações...);
· Desenvolver nos educandos, nossos alunos, e nos educadores a capacidade de refletir e fazer suas próprias escolhas com responsabilidade.
Muitas das ações aqui propostas já devem fazer parte da rotina das escolas. Contudo, é importante fazer algo diferente, inovar para avançar. Observem a maneira como está sendo feito e tentem começar com pequenas mudanças. Certamente os resultados levarão algum tempo para aparecer, mas não desistam. Vai dar certo, muito antes do que imaginamos. Ter atitude positiva é fundamental, pois é ela quem define a distância entre o sonho e a conquista.
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